Essaé Cia de Teatro - Dança de Joinville estreía nesta
quinta-feira dia 17/03/2011 o espetáculo
WERTHER: TEMPESTADE E ÍMPETO
"A natureza humana tem seus limites: pode suportar a alegria, o sofrimento, a dor até certo ponto [ ... ] Assim, a questão não é ser-se fraco ou forte, mas conseguir suportar a medida do seu sofrimento, seja moral ou físico. E acho tão estranho chamar covarde a quem põe fim à própria vida como a quem morre de febre maligna".
Werther
os sofrimentos do jovem Werther. J. W. Goethe.
Werther, tempestade e ímpeto é o nome da peça que a Essaé cia. de teatro - dança de Joinville estréia a partir de 17 de março de 2011 no Galpão da APLAJ, localizada na Cidadela Cultural Antarctica. A peça foi contemplada com o edital de montagem promovido pela Fundação Cultural de Joinville / Simdec de 2010.
A direção é de Nando Moraes, tendo no elenco Cássio Correia, Jackson Amorim e Letícia de Souza. Fábio Kabelo compôs uma trilha sonora específica para a montagem – que tem no tango o mote para o universo sonoro da peça. Além dos efeitos e músicas de ligação entre as cenas, quatro coreografias do passional ritmo portenho serão executadas pelos atores, compondo um universo artístico heterogêneo, acentuando o aspecto passional do texto de Goethe. As coreografias foram criadas por Afonso Vieira; pesquisador e professor de ritmos dançantes.
A dramaturgia da peça tem como mote o romance Os sofrimentos do Jovem Werther (1774) uma obra-prima da literatura mundial, marco inicial do Romantismo e uma das primeiras obras de Johann Wolfgang von Goethe.
Tendo em vista a característica eminentemente literária do texto de Goethe – trata-se de um romance – na dramaturgia foram utilizados trechos de obras artísticas e filosóficas, tais como o Hamlet, de Shakespeare, Hamletmachine, de Heinner Müller e O mito de Sísifo, de Albert Camus que discutem a questão do absurdo da existência e, por conseguinte, do suicídio. São inserções que buscam uma agilidade e uma teatralidade ausentes n’Os sofrimentos do jovem Werther.
O romance tem forte cunho autobiográfico, ainda que Goethe tenha cuidado para que nomes e lugares fossem trocados e, naturalmente, algumas partes fictícias acrescentadas, como o final. Na época de sua publicação ocorreu, na Europa, uma onda de suicídios, de tão profundo que Goethe fôra em suas palavras. Num estilo completamente adverso ao Fausto, Werther é marcado por uma paixão profunda, tempestuosa e marcada por um final trágico. Portanto, Goethe não trata apenas da história de um amor impossível: faz, antes, a exaltação apologética do suicídio.
O Romantismo alemão tem como um de seus traços marcantes o diálogo quase constante entre o amor impossível e a renúncia. As limitações provocadas pelo pudor permitem apenas a idealização de amores e os personagens nem sempre passam da condição de apaixonados para a de amantes.
Ao escrever Os Sofrimentos do Jovem Werther, Goethe produziu uma obra de arte a que deu, como conteúdo, as suas próprias aflições e seus tormentos, os seus próprios estados de alma, procedendo como todo poeta lírico que, ao procurar aliviar o coração, exprime aquilo de que é afetado enquanto sujeito. Graças a isso, o que era interior imobilidade acha-se livre e transforma-se num objeto exterior de que a pessoa se libertou. Do mesmo modo as lágrimas servem de derivativo à dor do que, por assim dizer, se esvai através delas. Como ele mesmo o disse, Goethe escreveu o Werther para se libertar da angústia íntima; e o conseguiu.
werther,
tempestade e ímpeto
autor – j.w.goethe
título da obra literária originária – os sofrimentos do jovem werther
dramaturgia e direção – nando moraes
elenco – cássio correia
jackson amorim
letícia souza
seleção de textos – o grupo
coreografia – afonso vieira
trilha sonora – fábio cabelo
cenografia e elementos de cena – nando moraes
figurinos – criação coletiva
iluminação – flavio andrade
operação de som e luz
projeto gráfico-visual – joão zanella e adriana maia
fotografia - joão zanella e adriana maia
maquiagem – criação coletiva
execução de materiais de cena - soares
assessoria de imprensa - joão zanella
produção – cássio correia e nando moraes
realização – essaé cia. de teatro e dança
projeto aprovado pelo simdec/fundação cultural de Joinville de 2010
apoio cultural: brechó Betinha
brechó da revista
ajote – associação joinvilense de teatro
serviço:
nome da peça: werther, tempestade e ímpeto
local: galpão da aaplaj / cidadela cultural antarctica
datas: estréia - 17.03.2011
temporada – 18, 19 e 20 / 24, 25, 26 / março de 2011
20h30min
Faixa etária indicada: a partir de 14 anos
entrada franca com distribuição de ingressos 1 hora antes no local
