Capa

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terça-feira, 18 de novembro de 2014

Sempre tive um sonho que até hoje é recorrente. Sonho sempre que tenho o poder da abstração. Sonho em poder estar numa conversa ou lendo qualquer coisa que em mim fosse acionado, em caso de um forte impacto com a imbecilidade humana, o transporte do imaginário. Sonho que nesses momentos em que fico paralisado com certas coisas que ouço sou arremessado para outro mundo.
Esse mundo as vezes é coberto de cores fortes e sons calmos mas as vezes quando o absurdo é tremendo caio no breu e no rock and roll.
Sou defensor ferrenho da liberdade de expressão e do livre pensamento mas juro que em alguns casos esse poder de transporte mental seria muito útil para minha saúde física.
Mas estou bem condicionado. Aprendi a respirar, sorrir levemente, balançar a cabeça com olhar blasé, não suar nas mãos e manter elas paradas. Esse inclusive foi o meu maior desafio.
Existem casos patológicos da inteligência congelada. O que é isso? São aquelas figuras que você sabe que tem um grau de instrução bacana e favorável, pessoas dignas, bem colocadas na sociedade cultural mas que por algum motivo, vai lá se saber qual tiveram seus cérebros congelados na mesmice, caretice e tiveram sua capacidade de serem contrariados ideologicamente perdida na exumação de seus egos.

Não que eu não goste de uma boa conversa, discussão, tratar de assuntos realmente relevantes mas tem coisas que são fantasticamente engraçadas e drasticamente me atiram no limbo do pessimismo e me fazem sempre recorrer aquela máxima. ONDE VAMOS PARAR?